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Boa Leitura...
O Brasil passou para o sexto lugar na economia mundial, ultrapassando o Reino Unido. A notícia alegrou a muitos brasileiros - já que reflete, segundo especialistas, que a linha de crescimento da nação está em alta. Na região, o ano de 2012 promete ser de progresso. É a aposta de economistas e administradores. Com o mercado aquecido e a vinda de grandes empresas, o Sul Fluminense fica em boa situação no cenário nacional.
Para a administradora e mestre em economia Lucimeire Cordeiro da Silva, 2012 deverá ser marcado por três grandes segmentos: O automotivo, a construção civil e o de serviços - com destaque, segundo ela, para o último setor, que vai encontrar na região grande evolução.
- Com a economia em progresso, o consumo também aumenta e movimenta todos os demais segmentos. O campo de serviços já começa a ser destaque na região e, pelo que percebemos, 2012 deverá dar mais fôlego ainda à atividade, que encontra na região possibilidade de franca expansão - pontuou.
Para Lucimeire, outro ponto de destaque em 2012 deverá ficar com a indústria automotiva. Segundo ela, a região tende a se firmar como um polo deste segmento, o que deve dar mais fluxo monetário às cidades e, por consequência, aumentar gradativamente a qualidade de vida dos fluminenses.
- Volta Redonda é a cidade com maior progressão e mais adiantada em termos de qualidade de vida, mas os demais municípios da região também conseguiram se estabelecer, no meu ponto de vista, na linha de progresso em que o país está se colocando. As cidades são próximas e o fluxo de capital será positivo para Resende, Barra Mansa, Resende e todas as demais cidades do sul do estado - avaliou.
O setor da construção civil é um que deve continuar aquecido, previu a economista. Ela pontua que a região receberá grandes obras por conta do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e que a demanda por moradia continuará em alta - o que manterá em alta o segmento.
Opinião parecida em relação à construção civil tem a também mestre em economia Paloma de Lavor Lopes. Para ela, o setor permanece em crescimento. Ela destaca que eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 movimentaram todo o estado e, consequentemente, a região Sul fluminense. A demanda por moradia também é algo que deve colaborar para um bom desempenho do segmento.
- A casa própria ainda é um sonho de consumo do brasileiro, um sonho popular. Quando há demanda, existe investimento no setor. A construção civil tem sim no ano de 2012 bastantes possibilidades de expansão - disse.
A economista avaliou, no entanto, que outro segmento que deve se manter em progresso pela região é o metalmecânico.
- Com a avaliação positiva de mercado brasileiro, as multinacionais tendem a apostar seus investimentos aqui, o que demandará do governo avaliações sobre o que deve ou não ter espaço e quais os empreendimentos realmente valem a pena e tendem à maturação. Com o aumento do consumo, as indústrias metalmecânicas produzem mais e, por isso, nossa região será potencializada - disse.
Para Paloma, no entanto, o setor de serviços deve ter grande expansão apenas em 2013. Segundo ela, o setor de turismo deve sentir primeiro o bom momento da economia.
Especialistas orientam governantes a dividir melhor a renda e economizar
Com crescimento previsto para os próximos meses, os especialistas dão alerta para os governantes na tentativa de otimizar todos os recursos que estarão em circulação pela região. A administradora Lucimeire chama a atenção para o fato de que as prefeituras devem economizar nos investimentos e apostar em políticas públicas que façam a desigualdade ser diminuída.
- A concentração de renda ainda é um problema do país e se reflete aqui na região. É um problema que deve ser enfrentado de frente, para que as cidades tenham de fato um desenvolvimento concreto. Uma política voltada para a responsabilidade social deve ser mais eficaz. Políticas de acolhimento de menores e de famílias desamparadas devem ser pensadas e efetivadas - indicou.
Assistência à saúde da população é outro fator que merece atenção, segundo Lucimeire.
- A qualidade de vida está ligada diretamente à renda, e esta à saúde. Investimentos em setores sociais e de Saúde são fundamentais para manter uma cidade, região e país dentro dos níveis básicos de desenvolvimento humano - destacou.
Paloma chama a atenção para o crescimento das dívidas e alerta para os gastos em excesso.
- O brasileiro não tem um perfil poupador, e sim consumista. O aumento ilusório do salário só faz recuperar o poder de compra perdido no último ano. A atenção deve ser redobrada, pois as dívidas podem aumentar e gerar dificuldades em decorrência da possibilidade de crédito- finalizou.
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